Território em dados

O rio Doce nasce do encontro dos rios Piranga e do Carmo, entre as cidades de Ponte Nova, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, no estado de Minas Gerais. As suas nascentes estão localizadas nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço e as suas águas percorrem cerca de 879km até a foz no Oceano Atlântico, junto aos povoados de Regência e Povoação, no município de Linhares, no estado do Espírito Santo.

O estudo da Paisagem é conduzido pelos caminhos do rio Doce, mas não se restringe à área da bacia hidrográfica. Nesse sentido, o recorte geográfico do estudo envolve municípios capixabas ao norte e ao sul da foz do rio Doce, onde houve a percepção de impacto pela chegada da pluma de rejeito pelo mar. Ao todo, 49 municípios estão sob influência do rio Doce e compõem a área do estudo.

Se este território fosse uma pessoa, como ela seria?

MULHER: 51% dos moradores do território são mulheres (IBGE, 2010);

ADULTA: 60% dos moradores têm entre 20 e 64 anos (IBGE, 2010);

PARDA: 49,4% dos moradores se declaram pardos (IBGE, 2010);

URBANA: 89% dos moradores do território vivem em cidades (IBGE, 2010);

TRABALHADORA NO SETOR DE SERVIÇOS: 32,2% dos trabalhadores formais do território estão ocupados no setor serviços (RAIS, 2018);

CERCADA POR PASTAGENS: 52% do território está coberto por pastagens (Mapbiomas, 2019).

O conjunto de indicadores e dados sociais, ambientais, econômicos, históricos, culturais e político-legais apresenta uma visão panorâmica do território atravessado pelo rio Doce

Para acessar a análise dos indicadores na íntegra, baixe o estudo técnico!

31.996 km2

É a área abarcada pelo estudo da paisagem;

Corresponde a 37% da área da bacia do rio Doce.

Fonte: Unesco-Fundação Renova, 2019.

49 municípios 40 em MG e 9 no ES

Integram a área de estudo;
Representam 22% do total de municípios da bacia do rio Doce.

Fonte: Unesco-Fundação Renova, 2019.

12.000 e 7.000 anos Antes do presente (AP)

É a idade estimada da presença indígena nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo;

Há no IPHAN o registro de cerca de 340 sítios arqueológicos no ES e 2.500 em MG;

Na área de estudo prevalecem grupos indígenas das matrizes culturais: Tupi Guarani e Macro-jê;

4 terras indígenas foram reconhecidas na área de estudo entre 2000 e 2010: a Terra Indigena Krenak (MG), a Terra Indígena Comboios (ES), a Terra Indígena Caieiras Velha II (ES) e a Terra Indígena Tupiniquim -Guarani (ES).

Fonte: CENSO 2010; IPHAN, 2018; FUNAI 2019 e ISA, 2019.

31 Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs)

É o número de grupos quilombolas certificados na área de estudo. 5 estão em MG e 26 no ES.

No século XIX, o Porto da Vila de São Mateus era um dos principais pontos de desembarque no Brasil de pessoas escravizadas oriundas do continente africano. Desde 1815 há registros históricos da presença de quilombos no litoral do ES;

Até 2020, o único território quilombola reconhecido pelo INCRA na área de estudo é a comunidade de Degredo em Linhares/ES, em processo de titulação desde 2018;

Fonte: INCRA, 2019; Fundação Cultural Palmares, 2019 e WIEDNEUWIED, 1940.

2.402.803 de pessoas

É a população estimada da área de estudo em 2019;

Os três municípios mais populosos são, respectivamente: Serra (517 mil), Governador Valadares (279 mil) e Ipatinga (263 mil);
29 (60%) dos 49 municípios têm populações com menos de 20 mil pessoas;
7 municípios (14%) têm populações entre 21 e 30 mil pessoas;
89% da população vive em cidades e 11% em áreas rurais.

Fonte: CENSO, 2010 e População estimada. IBGE, 2019.

1.083,037 e 1.036,478 Mulheres e Homens

É a distribuição entre mulheres (51%) e homens (49%) na área de estudo em 2010;

23,6% da população é de crianças e adolescentes (0-14 anos); 8,9% de jovens (15-19 anos); 60% de adultos (20-64 anos) e 7% de idosos (maiores de 65);
A taxa média de longevidade na área em 2010 era de 74,4 anos; cerca de 2 anos a menos do que a média brasileira em 2019, estimada em 76,6 anos.

Fonte: CENSO, 2010 e Tábua de mortalidade para o Brasil. IBGE, 2019.

1.047,973 de pessoas

Ou 49,4% das pessoas da área de estudo se declaram pardas;
32,6% se declararam brancas;
9,7% se declararam negras;
1% se declararam amarelas;
6.348 pessoas se declararam indígenas.

Fonte: CENSO, 2010

5.238 Famílias

Pertencem a grupos vulneráveis e tradicionais da área de estudo

28,7% deste total corresponde a famílias de agricultores familiares;
24,4% a famílias de quilombolas;
23,2% a famílias de pescadores artesanais;
14,7% a famílias indígenas;
6,3% a famílias ciganas;
2,7% pertencem a outros grupos.

Fonte: CadÚnico, 2019.

4.996 km2 de cobertura florestal

Ou 16% da área de estudo corresponde à área remanescente de cobertura florestal de Mata Atlântica;

89% desta área está fora de unidades de conservação;

Entre 1985 e 2018, 600 km2 de florestas foram desmatados, representando uma redução de 2% dos remanescentes florestais da área de estudo.

Fonte: MapBiomas, 2019

16.633 km2 de pastagens

Ou 52% da área de estudo está coberta por pastagens;

As pastagens também aparecem associadas a áreas de cultivos na área de estudo, representando um adicional de 16% de área associada a este uso do solo no território

Fonte: Mapbiomas, 2019.

3.001 km2 de florestas plantadas

Ou 9% da área de estudo é ocupada por florestas plantadas;
Na área de estudo prevalece o plantio de florestas de eucalipto.
Entre 1985 e 2018, a produção de eucalipto foi a classe de uso do solo que apresentou o maior crescimento de área ocupada (3,2%) na área de estudo.

Fonte: Mapbiomas, 2019.

4.872 km2 de ecossistemas florestais

Ou 15% da área de estudo é a área de ecossistemas florestais, de restinga, de praia e de mangue protegida em Unidades de Conservação;

Representa a área das 48 unidades de conservação da região. Elas estão distribuídas em 27 de proteção integral e 21 de uso sustentável;

Dentre as UCs destacam-se o Parque Estaduais do rio Doce, que protege o maior remanescente contíguo de Mata Atlântica em Minas Gerais; o Parque Estadual Sete Salões, zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica; e a Reserva Biológica de Comboios, que protege ecossistemas de restinga e praia e é área de desova da tartaruga de Couros e da tartaruga cabeçuda, ambas ameaçadas de extinção.

Fonte: ICMBio, 2018 e RBMA, 2017.

56,5 milhões de Reais

É o PIB da área de estudo;
O setor de comércio e serviços e da administração pública contribuem com, respectivamente, 39% e 34%;
O setor da indústria e da agricultura contribuem com, respectivamente, 16% e 11%.

Fonte: IBGE, 2016.

0,678 índice Firjan

É a média do índice Firjan de desenvolvimento municipal (IFDM) da área de estudo;

Este valor é considerado como um grau de desenvolvimento moderado;

A média do IFDM no Brasil é de 0,667.

Fonte: IFDM, 2018.

506.608 pessoas em Empregos Formais

Ou cerca de 1/3 da população entre 15 e 64 anos está formalmente empregada;
32,2% estão ocupadas no setor de serviços;
23,6% estão ocupadas no setor de comércio;
17,8% estão ocupadas no setor industrial;
14,3% estão ocupadas na administração pública;
5,7% na construção civil;
4% na agropecuária, extração vegetal ;
1,6% no extrativismo mineral.

Fonte: RAIS, 2018.

4.387 Leitos hospitalares

É o número de leitos hospitalares disponíveis;

67% (2.943) são leitos do SUS, representando uma média de 1,2 leitos a cada 1000 habitantes;

A área de estudo dispõe de 26 hospitais gerais e 20 hospitais especializados;

Fonte: Datasus, 2019 e 2022.

12,9% de analfabetismo

É a taxa média de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais na região de estudo

Em 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade no Brasil foi estimada em 6,6%

Fonte: CENSO, 2010 e PNAD contínua, IBGE, 2019.

26 municípios

Ou 60% dos municípios da área de estudo são servidos por serviços de água e esgoto.
22% dos municípios (10/49) não dispõem de serviço de esgotamento
34% (17/49) dos municípios tratam o esgoto

Fonte: SNIS, 2017.

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